Resenha | The Heart of Betrayal, de Mary E. Pearson

 

The Heart of Betrayal, de Mary E. Pearson

Livro: The Heart of Betrayal

Serie: Crônicas de amor e ódio

Autora: Mary E. Pearson

Editora: Darkside

Sinopse: “A história de Lia inspirou muitos leitores a embarcarem em uma jornada extraordinária repleta de ação, romance, mistério e rivalidade, pintados em um universo deslumbrante criado pela premiada escritora Mary E. Pearson. Em The Heart of Betrayal, o poder feminino continua sendo a força motriz capaz de mudar e fazer a diferença no mundo. Agora, acompanhamos a Primeira Filha da Casa Real de Morrighan aprisionada nas mãos do terrível Komizar, líder do reino bárbaro de Venda, contando apenas com Kaden e Rafe para mantê-la em segurança nessa terra estranha. Enquanto isso, as linhas de amor e ódio vão se definindo. Todos mentiram. Rafe, Kaden e Lia esconderam segredos, mas a bondade ainda habita o coração ate dos personagens mais sombrios. E os vendanos, que ela sempre pensou serem selvagens, desconstroem os preconceito da princesa. Lutando com sua alta educação, seu dom e a percepção sobre si mesma, Lia precisa fazer escolhas poderosas que vão afetar profundamente sua família... e também o seu próprio destino. 

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OPA! TEM SPOILER DE THE KISS OF DECEPTION

The Heart of Betrayal começa com a chegada de Lia ao reino bárbaro de Venda, marca suas primeiras impressões da região e do povo que faz parte daquele lugar desconhecido. Ao contrario do primeiro livro, temos uma princesa determinada, consciente de suas ações. Lia não é mais inocente e é muito bom acompanhar a mudança dela!

“Uma tempestade esta a caminho”, falei

“A primeira de muitas” respondeu ele. (pag. 28)

 
Sinceramente, estava curiosa para saber o que Rafe inventaria para não ser morto logo quando entrasse no reino de Venda, porque achei uma burrice ele se entregar de cara lisa sem um plano concreto. Até porque Venda não faz prisioneiros. Subestimei a capacidade do príncipe de criar histórias, o cara foi um gênio juntando verdade e mentira em uma teia só. 
 
Lia e Rafe não tem tempo para discutir ou se acertar e o romance não ganha espaço, eles se apoiam, mas o importante é sobreviver nesta sequência. Entre incertezas, dúvidas, sofrimento e angustia, ambos são peças importantes do jogo. O Komizar não perde nada, então, tem que ser esperto e rápido!

“Nós tivemos um terrível começo... Isso não significa que não podemos ter um final melhor”. (pag. 35)


Kaden é aquele personagem que traz um misto de amor e ódio, literalmente. A sua vida ingrata e a forma como foi salvo pelo destino são de cortar o coração, mas não justifica a lealdade cega e falta de escolha própria que fazem dele uma pessoa às vezes inocente e manipulável. Tenho que dizer, no jogo da política é quem fica na desvantagem. 

The Heart of Betrayal, de Mary E. Pearson

Lia aos poucos descobre que o povo de Venda não são os bárbaros que imaginava, são pessoas sobrevivendo em uma região hostil com poucas opções de subsistências e com esperança de dias melhores. Quanto mais tempo passa, mais se vê que Morrighan e Venda tem algo em comum...

“Era uma emoção estranha se sentir lado a lado com a amargura do meu cativeiro. ” (pag. 73)

 
O temido Komizar é frio, manipulador, calculista, determinado e ambicioso. O vilão que esperávamos! Ele governa Venda na base da força e não aceita dividir poder com ninguém, comandando todos com rédea curta e uma mão de ferro. Os planos dele são complexos e maiores do que os reinos vizinhos poderiam imaginar. Ele não está para brincadeira! 
 
A politicagem e jogos de intrigas é o ponto central, cada um monta sua estratégia, delimita seus objetivos, coloca planos em prática, mentiras são traçadas e verdades “escondidas”. Todos se usam de alguma forma e, ao contrário do livro anterior, não há receio de fazer o que precisa ser feito.

“As verdades do mundo desejam ser conhecidas” (pag. 143)

 
O conhecimento do saber de Lia é explorado, mas falta uma explicação clara do que o poder dela faz. Fica algo muito em aberto. O que me ajudou a entender foi ter lido as Crônicas de Morrighan, porque no conto tem uma explicação mais objetiva. E, mais uma vez fica a questão, porque a mãe de Lia reprimiu o saber dela? Será que ela sabia o destino da filha e tentou mudá-lo? 👀
 
Algo que gostei de ver é que o Komizar não é o único inimigo, Venda é mais do que os olhos veem e muita coisa está se desenrolando ao mesmo tempo. A história ganha um ritmo novo, fica ainda mais divertida quando vai se descobrindo esquemas, traições e trapaças. Há uma profundidade nos personagens e no enredo.

“Então deve ser verdade. Nós dois sabemos que Lia sempre diz a verdade” (pag. 279)

Os únicos momentos que quebra a dinâmica são as cenas de Pauline que traz uma visão diferente sobre os acontecimentos, mas são um pouco chatas de acompanhar. Fiquei decepcionadíssima com a participação inexistente dos irmãos de Lia, principalmente, porque uma das dinâmicas mais legais do livro anterior é o encontro dela com Walther.

As últimas páginas são de tirar o fôlego, muita reviravolta, tristeza e surpresas no pacote. Teve gente tomando atitude (ALELUIA?), muita correria e desespero. Cheguei a imaginar o pior, porque aquele final, PELA FÉ! O que foi aquilo? Preciso da sequência na minha mesa para ONTEM! 

The Heart of Betrayal, de Mary E. Pearson

“Você estava enganado, Komizar. É muito mais fácil matar um homem do que um cavalo” (pág. 385)

           

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