Resenha | The kiss of deception, de Mary E. Pearson

The kiss of deception, de Mary E. Pearson                     

Livro: The kiss of deception
Série: Cronicas de amor e ódio 
Autora: Mary E. Pearson 
Editora: Darkside
Sinopse:A força feminina é a grande estrela neste romance de Mary E. Pearson. Tudo parecia perfeito, um verdadeiro conto de fadas – menos para a protagonista dessa história. Morrighan é um reino imerso em tradições, histórias e deveres, e a Primeira Filha da Casa Real, uma garota de 17 anos chamada Lia, decidiu fugir de um casamento arranjado que supostamente selaria a paz entre dois reinos através de uma aliança política. O jovem príncipe escolhido se vê então obrigado a atravessar o continente para encontrá-la a qualquer custo. Mas essa se torna também a missão de um temido assassino. Quem a encontrará primeiro? O primeiro volume das Crônicas de Amor e Ódio evoca culturas do nosso mundo e as transpõe para a história de forma magnífica. Através de uma escrita apaixonante e uma convincente narrativa, o romance de Pearson é capaz de mudar a nossa concepção entre o bem e o mal e nos fazer repensar todos os estereótipos aos quais estamos condicionados. É um livro sobre a importância da autodescoberta, do amor e como ele pode nos enganar, e de uma protagonista em busca de sua liberdade e felicidade a qualquer custo.” 
 
🍓

A história tem uma princesa, um príncipe e um assassino. Questões políticas e um toque de mistério. Como pode dar errado, né? 👀

The Kiss of Deception segue uma fórmula conhecida e sinto que não decepciona! Lia é uma princesa, do Reino de Morrighan, que foge aos padrões dos contos de fadas (Quem nunca?) e não se conforma com o casamento arranjado com o príncipe do Reino de Dalbreck. Alguém que nem conhece pessoalmente. Um “sapo” que não se deu ao trabalho de conhece-la antes do casamento! 

“Como foi que viajou todo o caminho de Gastineux até aqui para casar-se com um sapo que a senhora não amava? ”

Mapa na contracapa do livro. The kiss of deception, de Mary E. Pearson
No dia do casamento, a princesa foge com a sua criada/amiga Pauline, sem olhar para trás e com a esperança de uma nova vida e um destino apenas seu. Lia não imagina as consequências de suas decisões, ela almeja uma liberdade que nunca teve e se agarra a possibilidade com tudo o que tem! Ela não tem medo de arriscar.

Atrás da Princesa vão dois sujeitos com propósitos totalmente diferentes. O príncipe quer conhecer a garota que teve a ousadia de fugir e o assassino do Reino de Venda quer se livrar dela o mais rápido possível para impedir a união do Reino de Morrighan e o Reino de Dalbreck. O que poderia dar errado, não é mesmo?    

“Você está com raiva porque ela pensou nisso antes de você”

O suspense de não saber quem seria o príncipe ou o assassino com um cenário de Era medieval apimenta a historia. O mistério só é desvendado mais tarde quando a própria Lia descobre, mas há pistas o tempo todo. Só ter a mente aberta e prestar atenção aos detalhes! 😜
 
Pauline leva Lia a Terravin, uma cidade litorânea, pitoresca e longe de Civica, a capital do Reino. As duas começam a trabalhar na taverna de Berdi, uma senhora que teria ajudado muito a mãe de Pauline no passado e muitas vezes tem um papel maternal na história. Algo bem diferente da relação controversa que Lia teria com a própria mãe. É na taverna de Berdi que Kaden e Rafe conhecem a protagonista.
  
“Continue encarando esses dois e seus olhos vão cair”

Apesar da promessa de triangulo amoroso, Lia não fica realmente em dúvida entre eles. Tanto o príncipe, quanto assassino, ao se encontrarem com a princesa, acabam adiando seus planos e prolongam a estadia na cidade para a conhecer melhor. 👀 Cada um, à sua maneira, conhecem uma garota que almeja uma vida simples, com muito trabalho e pouco descanso. Algo que não combina com o papel de princesa!

“Algumas coisas duram. ” 
Encarei-o. “É mesmo? E exatamente que coisas seriam essas? 
 “As coisas que importam


The kiss of deception, de Mary E. Pearson

 
Entre as aventuras e descobertas de Lia, somos apresentados a personagens secundários complexos como Pauline, a amiga que a apoia  em todos os momentos, mas quando seu mundo desmorona, testemunhamos os papeis se inverterem e Lia se tornar o apoio que a outra precisa. 
 
As questões políticas só ganham destaque quando Lia recebe a visita de seu irmão mais velho, Walther, que a atualiza do que estaria acontecendo em Civica após a sua partida, mostra que a princesa deixou muita gente com raiva e evidencia a relação de companheirismo dos irmãos. O reencontro deles é gostoso de ver, sentir e acompanhar.
 
A princesa continua com a vida que escolheu até que a realidade bate à porta, obrigando-a à encarar as consequências das suas decisões e tomar atitudes contra a sua vontade. É nesse ponto que se observa o amadurecimento de Lia.

“Você sempre será você, Lia. Não há como fugir disso”

Durante a jornada da princesa temos o contato com nômades que trazem conhecimento e uma leveza de cores extravagantes, São eles que abrem os olhos de Lia para um dom que ela pode ter herdado, mas nunca fez uso. E pouco entende. 👀 É com ar de tristeza e revolta que nos despedimos deles. 
 
E uma coisa é certa, o Reino de Venda, muitas vezes retratado como bárbaros, se mostra bastante articulado. Eles movimentam as questões políticas, são responsáveis por algumas reviravoltas e não brincam em serviço. O Komizar, seu governante, promete ser um sujeito implacável e com súditos devotos. 
 
Adeus, doce Príncipe
 
A passagem mais pesada do livro me surpreendeu (não nego!) e deixou um gosto amargo, Lia foi de uma força incomensurável e de mexer com o coração mais duro (FATO!). Marcando um dos meus momentos favoritos do livro, onde mostra que a garota do inicio da historia virou uma mulher forte. 😭
 
O final chega rápido (e muita ponta solta!) com um misto de tristeza e incerteza. No entanto, uma coisa é certa, o príncipe mostra que é mais do que um simples "sapo" e o assassino mais do que um "ladrão de vidas". E Lia, definitivamente, não é mais a princesa que saiu de Civica. (E eu quero os próximos capítulos com urgência!)

No recanto mais longínquo, eu encontrarei você”

O livro traz a formula clássica de um conto de fadas e a desconstrói a sua maneira, nos traz uma protagonista forte que amadurece e se fortalece com os acontecimentos. Curti bastante o desenrolar da história e fiquei bastante surpresa! A continuação (SEM DÚVIDA!) promete!
 
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