Entre páginas | vida off-line

Da série: encontrei um romã e, agora, estou a procura da receita do chá

Semana passada meu celular quebrou e foi, como você pode imaginar, um estresse absurdo. Não tenho certeza se vou conseguir recuperar todos os documentos que não salvei e, só isso, é capaz de me deixar noites em claro. Eu tinha meu aparelho a vários anos, então era uma vida de trabalho naquele pequeno objeto. E quem diria que meus anos de esforço seriam reduzido a um telefone....

Mas, apesar do óbvio, NADA me preparou para tomar consciência de que dependo tanto do telefone para fazer as coisas básicas da vida como pagar conta, mandar mensagem, fazer ligação, pedir comida, treinar na academia, solicitar um uber, ler um livro....Como assim? O que foi aconteceu aqui? Até cinco anos atrás não era esse nível de necessidade e dependência.... Sim, de-pen-den-cia! Não posso negar que a dependência do celular é um assunto sério e está em evidência total. Afinal de contas, nós vivemos e somos alimentamos pela vida de aparências que o celular nos proporciona, às redes sociais deixaram de ser um ambiente de lazer para ser um local onde nos divulgamos, para o bem ou para o mal. E isso não é especulação, é um fato! 

Depois de passar uma semana de abstinência e estresse total, fui sobressaltada com a consciência autoimposta que minha vida não pode se resumir a um aparelho telefônico. Eu não posso e, vamos destacar isso aqui, reduzir minhas necessidades básicas a uma figura online! 

Tomei consciência que uma vida online nos sobrecarrega, nos reduz a conhecimentos rasos e carências mundanas que refletem em todo âmbito da vida. E me recuso a ser resumida a isso...

Existe vida no Offline e vou tratar de redescobri-la, porque simplesmente não dá para continuar assim...

PS. não nego que a tecnologia veio para nos auxiliar e agradeço muito. Muito mesmo! O que estou pontuando é a necessidade de ter uma vida fora das telas, se não entendeu isso, volte duas casas: você está lendo o texto errado!